
Eu tento entender certas situações, certos sentimentos, e é um pouco difícil sabe. Isso porque eu sempre fui uma pessoa humilde, e acho que é aí que peco imensamente.
Semana passada passei por uma situação que me fez refletir e me forçou a chorar muito. Fiquei com raiva de mim, isso porque mais uma vez pela minha “humildade” deixei que certo número de pessoas falassem o que queriam para mim e não agi como deveria. Senti vergonha por ser fraca, por ser boba, por ser acessível demais.
Foi então que me questionei: Porque as pessoas têm inveja? Até que ponto a felicidade de alguém, ou o sucesso de alguém pode afetar o ego alheio?
Pois bem, eu fico indignada no poder que as pessoas têm de tentar derrubar os outros. Vivo em um ninho de cobras e, me respondam: Existe a possibilidade de sair de lá sem uma picada? Ou pior, será que o veneno poderá me derrubar?
Não sei, talvez sim, talvez não. Mas o que me garante dizer que vou chegar até o fim? Será que vale a pena? Será que o amor pelo que faço e o sonho de encontrar minha melhor amiga podem ser maiores que meu orgulho e amor próprio? Ao mesmo tempo, será que essa vontade tão grande que eles têm de me derrubar não seria um combustível a mais para fazer a máquina andar melhor?
Não sei, só sei que não tenho vontade de estar lá, não consigo mais olhar nos olhos daquela gente porque não sei jogar naquela imundice ética em que se transformaram aquelas pessoas. Magoa ver que aqui ninguém esta salvo desse vírus que parece já estar banalizado.
Por isso me afasto, vivo num mundo à parte. Quero distancia dessa câmara fria onde parecem todos estarem sentindo calor, mas onde cada milímetro daqueles corpos esta morrendo pelo veneno que percorre a cada palavra mal intencionada, a cada ação pensada com intuito maldoso.
Queria apenas não sofrer por isso, queria não me importar, queria estar imune a cada sensação de virar as costas e estar sendo apontada. Munidinho a parte ou não, na maioria das vezes sinto que quem vive nesse mundo “falso moralista” vive mais feliz, eu é que levo as verdades como lei, e o respeito como caminho. Talvez por isso me sinta tão sozinha e deslocada nesse meio.
Como diz Cervantes “A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água.”