sábado, 17 de abril de 2010

Maré ruim

Não estou em uma fase boa da minha vida, ultimamente só têm acontecido coisas que me magoaram muito.
Tomei decisões erradas, evitei de agir no momento em que deveria ter feito, fui traída, humilhada, duvidaram até mesmo da minha índole, coisa que sinceramente eu não admito.
Também já não me sinto mais a mesma pessoa, estou mais seca por dentro, sinto como se as ocorrencias estivessem passando um vassoura dentro de mim, tirando as sujeiras, mas deixando arranhões que estão demorando para cicatrizar.
E as dúvidas?
Elas estão cada dia mais intensas, acho que em decorrencia dessa maré ruim no qual estou naufragando.
Por outro lado eu sei que nenhuma situação em nossa vida é eterna, tudo passa, o que não impede de sentir que esse momento pareça estar longo demais para minha capacidade.
Ainda não consegui digerir aquele sapo de dias atrás, também não consigo viver nesse marasmo que é a minha vida.
Hoje mesmo a conversa foi tensa, e praticamente todos os dias é. Não sinto mais o mesmo afeto, o mesmo desejo, nem o brilho nos olhos é igual.
É como se cada cristal que foi se formando estivesse sendo lapidado aos poucos, mas não pra transformar na obra prima, mas para terminar com a beleza que ele trazia no momento em que foi descoberto.
Estou precisando agir, mas quem me garante que essa atitude trará novos horizontes positivos? E se ele for a confirmação de um período maior nessa maré ruim?
Ah, eu nem sei...
Só sei que precisava escrever, preciso das palavras mais próximas de mim...
Elas me permitem respirar por um tempo...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

**Tacada de mestre**


Andei caminhando por estradas desconhecidas e pouco me preocupei com as armadilhas que elas poderiam carregar...
Não me importei de bater em portas alheias, de sorrir para as pessoas que naquele momento tornavam-se imagens novas em minha mente. As primeiras impressões são tão embaçadas...
Acabei fazendo análises erradas, acreditando em verdades falsas, e percebendo sorrisos incompletos, fracos, amarelos...
Estava recém iniciando meu trajeto quando um lobo, GRANDE, e muuuuuuito esperto cortou meu caminhando dizendo: -Venha por aqui, eu te ajudo, esse caminho é o melhor a seguir.
E eu, inocente, mas não com uma inocência infantil, uma inocência IDIOTA mesmo, acabei ouvindo o que aquele lobo “malvado” dizia.
O que eu não sabia era que o lobo correu na minha frente e preparou todo o território para minha chegada. Ajustou os móveis, retirou sua pele de cordeiro, manipulou a vovózinha e o caçador também.
Ah quando fui ver já era tarde, não havia mais o caçador para me salvar e a vovózinha parecia outra.
Diferente da chapeuzinho vermelho, e de todos contos de fadas que até hoje eu ouvi, esse história não teve final feliz, a protagonista foi a única prejudicada, e a festa na floresta segue, com seu coadjuvante que sempre que pode pega o papel principal.
Se não posso lamentar, e já chorei tudo o que podia, agora tenho mesmo que é rir...

Uma frase é importante ser dita aqui: Os bonzinhos são geralmente os prejudicados em primeiro momento, mas são os que mais longe conseguirão ir. Quando queremos subir rápido demais e quando usamos as pessoas como escada, esquecemos que os tombos são geralmente mais pesados e doloridos.

Acredito que lobo igual a esse nunca mais vou encontrar... (Assim espero)