sábado, 18 de setembro de 2010

se vai...


Parecia tudo tão real, tão nítido...
Poderia te sentir da forma mais pura, acreditava que existias. Mirava ao fundo dos teus olhos e podia perceber cada detalhe teu, cada sonho, e as expectativas que construímos juntos.
Mas não sei o que houve, sinto como se esses olhos lindos, olhos que há pouco eram únicos, hoje se unissem com os milhares da multidão e se perdessem em meio à angústia e a mágoa da difícil convivência...
Se vai a paixão, se vai o desejo, se vai a admiração...
Por fim, já não há mais espaço para o amor.
Que fazer? Acreditar que há uma chance de que tudo voltará ao normal?
Ou desistir antes que o estrago se torne maior?
Tão difícil...
Sinto-me uma derrotada pela vida, por mim... Como se no final de tudo me sentisse um pouco vilã...
Que bobagem, no mundo real não existe o bem e o mal, existem pessoas vítimas da má sorte, de si próprias, de suas atitudes, vítimas das aprendizagens (duras) da vida.
Seja como for quero mesmo é tentar encontrar a felicidade...
Em alguns momentos percebo que ela vive comigo, eu é que insisto em não enxergá-la...
Que seja assim então...
Mais fácil é não desistir, seja como for tenho a certeza de que nada nessa vida é eterno, nem mesmo o amor...

domingo, 15 de agosto de 2010

Interior

Sabe aqueles momentos em que todas as dúvidas surgem?
Para onde vou?
Quero ir pra lá?
O que busco?
Planejo certo?
É certo planejar?
Pois bem, este é o meu momento...
Já não sei mais, são tantos acontecimentos, tantas desilusões, sonhos que agora parecem distantes, enganos, incertezas que confundem minha mente a ponto de me pôr aqui, a tentar explicitar em palavras o que é impossível descrever.
Ontem tive um dia bastante conturbado, mas percebi que ele foi importante, proporcionou um momento reflexivo...
Agora estou ouvindo Luiz Marenco, acredito que a maioria das pessoas que estiverem lendo esse post se quer sabem quem é ele, mas quem é gaúcho e conhece nossas culturas certamente vai, no mínimo, sentir esse grande nome do nativismo tocar no fundo da alma. Pois bem, a música que ouço é interior, a letra é um pouco difícil pois é bastante regional, mas a essência diz muito do que sinto neste momento:

Interior


Parece que nem faz tempo, pois aperta o peito
(aqui no meu interior, onde esta dor não calma)
Que foi embora num gateado, rumando a estrada
Deixando, pra trás meu rancho, de morada e alma.

As sombras do interior são bem mais copadas
São mansas e abrigam almas de velhos amigos
Que a gente num destino incerto de se encontrar
Se perde, procurando sombras, pra um novo abrigo.

As casas, cedo ainda largam fumaças brancas
Saudosas, por verem os seus partirem assim
Que eu, sem saber da vida e perseguindo ela
Deixei nesse interior, um pouco mais de mim...

Os mates, tinham mais gosto de erva e poejo
Colhidos beirando a sangua de águas rasas
Onde deixei meus sonhos n´outra enchente partirem
Como se vai um filho "das casas".

Eu tenho pela memória, que ainda não falha
Meu tempo de ser guri e uma despedida
De cedo inventar saudades, que não conhecia,
Que hoje me fazem entender o que era vida.

Faz tempo amansei meus sonhos nesta cidade
Aqueles que viveram livres, bem iguais aos potros
Que lembro e me aperta o peito, junto ao coraçao
Onde um interior, tá com saudade de outro.

"Aonde um interior está com saudade de outro..." Explico...

sábado, 14 de agosto de 2010

Blog novo

Blog da minha turma de Pedagogia, ainda em construção, quem tiver interesse em educação passa por lá, aceitamos contribuições.

http://pedagogiauabfurg.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Decisões


Estava ontem em um momento reflexivo, precisando analisar e chegar a conclusões sobre decisões em minha vida. Há um tempo dei passos impensados que hoje custam não apenas a mim, mas a outras pessoas. Difícil é conviver com essa situação, isso porque toda a decisão que tomamos está, querendo ou não, sendo relacionada a outros seres humanos. Fico então no receio de dar mais passos impensados ou, então, tomar decisões precipitadas. Há tantas incertezas em minha mente que já nem sei mais discernir o certo do errado, o bom do ruim, o eu e o outro. Gostaria mesmo é de nunca ter chegado onde estou, não por estar insatisfeita, mas por, neste momento, não poder sair daqui. Quando chego neste ponto percebo que as coisas eram muito mais complicadas do que eu achava e que, são praticamente irreversíveis deixando marcas que ficarão cicatrizadas eternamente...

sábado, 17 de abril de 2010

Maré ruim

Não estou em uma fase boa da minha vida, ultimamente só têm acontecido coisas que me magoaram muito.
Tomei decisões erradas, evitei de agir no momento em que deveria ter feito, fui traída, humilhada, duvidaram até mesmo da minha índole, coisa que sinceramente eu não admito.
Também já não me sinto mais a mesma pessoa, estou mais seca por dentro, sinto como se as ocorrencias estivessem passando um vassoura dentro de mim, tirando as sujeiras, mas deixando arranhões que estão demorando para cicatrizar.
E as dúvidas?
Elas estão cada dia mais intensas, acho que em decorrencia dessa maré ruim no qual estou naufragando.
Por outro lado eu sei que nenhuma situação em nossa vida é eterna, tudo passa, o que não impede de sentir que esse momento pareça estar longo demais para minha capacidade.
Ainda não consegui digerir aquele sapo de dias atrás, também não consigo viver nesse marasmo que é a minha vida.
Hoje mesmo a conversa foi tensa, e praticamente todos os dias é. Não sinto mais o mesmo afeto, o mesmo desejo, nem o brilho nos olhos é igual.
É como se cada cristal que foi se formando estivesse sendo lapidado aos poucos, mas não pra transformar na obra prima, mas para terminar com a beleza que ele trazia no momento em que foi descoberto.
Estou precisando agir, mas quem me garante que essa atitude trará novos horizontes positivos? E se ele for a confirmação de um período maior nessa maré ruim?
Ah, eu nem sei...
Só sei que precisava escrever, preciso das palavras mais próximas de mim...
Elas me permitem respirar por um tempo...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

**Tacada de mestre**


Andei caminhando por estradas desconhecidas e pouco me preocupei com as armadilhas que elas poderiam carregar...
Não me importei de bater em portas alheias, de sorrir para as pessoas que naquele momento tornavam-se imagens novas em minha mente. As primeiras impressões são tão embaçadas...
Acabei fazendo análises erradas, acreditando em verdades falsas, e percebendo sorrisos incompletos, fracos, amarelos...
Estava recém iniciando meu trajeto quando um lobo, GRANDE, e muuuuuuito esperto cortou meu caminhando dizendo: -Venha por aqui, eu te ajudo, esse caminho é o melhor a seguir.
E eu, inocente, mas não com uma inocência infantil, uma inocência IDIOTA mesmo, acabei ouvindo o que aquele lobo “malvado” dizia.
O que eu não sabia era que o lobo correu na minha frente e preparou todo o território para minha chegada. Ajustou os móveis, retirou sua pele de cordeiro, manipulou a vovózinha e o caçador também.
Ah quando fui ver já era tarde, não havia mais o caçador para me salvar e a vovózinha parecia outra.
Diferente da chapeuzinho vermelho, e de todos contos de fadas que até hoje eu ouvi, esse história não teve final feliz, a protagonista foi a única prejudicada, e a festa na floresta segue, com seu coadjuvante que sempre que pode pega o papel principal.
Se não posso lamentar, e já chorei tudo o que podia, agora tenho mesmo que é rir...

Uma frase é importante ser dita aqui: Os bonzinhos são geralmente os prejudicados em primeiro momento, mas são os que mais longe conseguirão ir. Quando queremos subir rápido demais e quando usamos as pessoas como escada, esquecemos que os tombos são geralmente mais pesados e doloridos.

Acredito que lobo igual a esse nunca mais vou encontrar... (Assim espero)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quando voltarás?


Uma claridade surge entre as folhas frenéticas em função do vento forte de transita em torno ao todo...

Sinto uma sensação de que falta algo, é como se cada rajada de vento trouxesse para mim o recado incomodo e inconveniente da insatisfação;

Ainda ontem, deitada em minha cama, olhando para o nada, pensava no quanto somos inúteis frente ao outro, e no meu caso, frente a mim.

Olhei para o lado e fiquei admirando um rosto que, por vezes transmite paz, e um amor infinito, indescritível, mas que em alguns momentos deixa dúvida, incerteza e medo.

Há um tempo resolvi dar esse passo importante em minha vida, pela primeira vez me deixei entregar ao amor de corpo e alma, e hoje sinto medo de ter feito a escolha errada.

Sou alguém que necessita da certeza, preciso de constância, necessito confiar fielmente, caso contrário cada ponta de dúvida acaba por martirizar minha mente deixando o que era doce, transmitir seu gosto amargo, deletando velhos hábitos tão intensos.

Isso tudo é um pouco complexo para mim, mas aprendi a ser assim e já não sei ser diferente, se quer escrever com clareza já não consigo, as idéias vão e voltam e eu acabo falando de tudo e de nada ao mesmo tempo.

Ainda olho pela janela e vejo a claridade que inunda minha alma, ela trás uma luz que há muito necessito dentro de mim. Quem dera eu, em algum momento, conseguir ser tão nítida quanto ela.

Só queria poder voltar a ser o que era antes, escrever como fazia antes, acho que desaprendi a fazer o que mais amo em minha vida, e isso desanima tanto, desilude tanto que parece já não ter sentido, preciso das palavras comigo, é só assim que consigo me comunicar com o mundo.

Quando voltarás?