domingo, 22 de novembro de 2009

Luz


Quando caminhava em direção àquela luz que parecia tão forte, tão nítida, acreditava que ela pudesse clarear meus pensamentos e, enfim, dar vida às minhas escolhas.
Durante o trajeto, que não era longo, fui passando por becos, passagens que me ofereciam outros tipos e modelos de luzes, algumas mais vibrantes, outras mais fracas, algumas multicores. Vi-me tentada a segui-las, mas acabei não desviando do meu objetivo.
Até mesmo porque, convenhamos, todos necessitamos de objetivos, sejam eles quais forem. Entretanto todo objetivo, para que possa ser válido, necessita de uma justificativa.
Creio que foi esse meu erro... Tracei uma meta e, com esforço e, um pouco iludida, alcancei.
Não era nada do que imaginava e queria para mim...
Decepções, omissões, desrespeito, imparcialidade, cansaço físico, psicológico e sentimental foi o que consegui com essa persistência boba, infantil, ilusória...
Hoje temo estar sentindo a vontade de buscar outras luzes, ou apenas extrair a luz que em mim habita.
Aprendi da forma mais difícil que nem sempre a luz do fim do túnel é a luz necessária para viver e que a luz essencial é aquela que nos forma e nos transforma.

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