
Ela havia voltado, depois de muito tempo caminhando por estradas desconhecidas. Disse-me que estava de volta para contar o desconhecido, sua viagem em busca da descoberta do seu “EU” havia terminado, e suas respostas já eram suficientes.
Fiquei sem compreender o que aqueles olhos tentavam me contar, no fundo sentia que não queria aceitar tudo o que ela falava. Após dizer o que sabia olhou em meus olhos e disse: - É hora de voar! Eu não estava preparada para tirar meus pés do chão, seria perigoso demais se o fizesse. Eu falei, insisti sobre meu medo, mas minhas palavras, meus gestos pareciam um nada diante daquela determinação.
Disse-me que eu estava presa demais, que precisa conhecer outros mundos diferentes do universo que dentro de mim habitava... Mas meu medo era maior, preferia a constância do mesmo à inconstância do provável. Aquela garota de olhos profundos, de aura sensível, de pensamentos agora concretos convidou pela última vez: - Venha comigo, você sabe voar!
Disse-lhe que não, não estava preparada. Olhou-me profundamente e deu um adeus que para sempre ficará comigo. Mais uma vez ela foi, acredito que neste momento com a certeza de que não queria ter uma chegada certa.
E hoje sei que ela foi, mas ainda é um pouco de mim, se antes ela era a dúvida agora mais do que nunca é a certeza de que eu posso e quero voar, preciso apenas aguardar o dia em que perderei o medo da altura...
Fiquei sem compreender o que aqueles olhos tentavam me contar, no fundo sentia que não queria aceitar tudo o que ela falava. Após dizer o que sabia olhou em meus olhos e disse: - É hora de voar! Eu não estava preparada para tirar meus pés do chão, seria perigoso demais se o fizesse. Eu falei, insisti sobre meu medo, mas minhas palavras, meus gestos pareciam um nada diante daquela determinação.
Disse-me que eu estava presa demais, que precisa conhecer outros mundos diferentes do universo que dentro de mim habitava... Mas meu medo era maior, preferia a constância do mesmo à inconstância do provável. Aquela garota de olhos profundos, de aura sensível, de pensamentos agora concretos convidou pela última vez: - Venha comigo, você sabe voar!
Disse-lhe que não, não estava preparada. Olhou-me profundamente e deu um adeus que para sempre ficará comigo. Mais uma vez ela foi, acredito que neste momento com a certeza de que não queria ter uma chegada certa.
E hoje sei que ela foi, mas ainda é um pouco de mim, se antes ela era a dúvida agora mais do que nunca é a certeza de que eu posso e quero voar, preciso apenas aguardar o dia em que perderei o medo da altura...